Atividades


CONTEÚDOS PARA ENEM 2013 - LÍNGUA PORTUGUESA
 PROFESSOR JOAQUIM
Concordância Verbal e Nominal
CONCORDÂNCIA
A sintaxe de concordância faz com que as palavras dependentes concordem, nas suas flexões, com as palavras de que dependem na frase. Os adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em gênero e número com os substantivos determinados = concordância nominal. O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples a que se refere = concordância verbal.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Concordância do adjetivo adjunto com o substantivo:
O adjetivo biforme, na função de adjunto adnominal, concorda com o substantivo em gênero e número = As árvores tristonhas deixavam cair suas lágrimas solidificadas.
Referindo-se a mais de um substantivo de gênero e número diferentes, o adjetivo concordará no masculino plural ou com o substantivo mais próximo. A referida regra aplica-se aos adjetivos escritos após os substantivos = Um cravo e uma rosa perfumados(ou perfumada).
Escrito antes dos substantivos, o adjetivo concorda geralmente com o mais próximo = Recebestes péssima nota e conceito. Bem tratados pomares e hortas.
Se dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado pelo artigo, qualquer uma das construções abaixo será válida = Conheço os idiomas chinês e japonês ou Conheço o idioma chinês e o japonês.
Após a preposição de, os adjetivos que se referem aos pronomes nada, muito, algo, tanto, que ficam geralmente no masculino singular = A cidade nada tem de belo. Nota = pode o adjetivo concordar, por atração, com o substantivo sujeito. Por exemplo: A menina tem algo de má.
Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito:
O adjetivo predicativo concorda com o sujeito em gênero e número = A praia estava deserta.
Se o sujeito for composto e for do mesmo gênero, o predicativo concordará no plural e no gênero dos sujeitos = A praia e a ilha estavam desertas.
Se o sujeito for composto e for de gêneros diferentes, o predicativo concordará no masculino plural, de preferência = O professor e a aluna são altos.
Sendo o sujeito um pronome de tratamento, a concordância dependerá do sexo da pessoa a que nos referimos = Vossa Excelência é muito bondoso(a).
Nas construções do tipo é bom, é preciso, é necessário, é proibido, o adjetivo predicativo ficará no masculino singular não havendo artigo antes do sujeito = Cerveja é bom no calor. É preciso paciência. É necessário muita cautela. É proibido entrada a menores de … Nota = havendo artigo antes do sujeito, a concordância será normal. Por exemplo: É proibida a entrada a menores de dezoito anos.
Concordância do predicativo com o objeto:
O adjetivo predicativo concorda em gênero e número com o objeto simples = Encontrei-o calado.
Se o objeto for composto e do mesmo gênero, o adjetivo predicativo concordará no plural com o gênero dos objetos = Considerei culpados o chefe e seus subordinados.
Se o objeto for composto mas de gêneros diferentes, o adjetivo predicativo concordará no masculino plural = Encontrei sítios e fazendas destruídos.
Concordância do pronome com o nome:
O pronome variável concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere = O velho comprou as terras e doou-as a uma instituição de caridade.
Referindo-se a mais de um substantivo de gênero e número diferentes, flexiona-se o pronome no masculino plural = A casa, o sítio, a fábrica, herdaste-os tu de teu avô.
Os pronomes um…outro, ficam no masculino singular, quando se referem a pessoas de sexos diferentes, indicando reciprocidade = Marido e mulher agrediam-se um ao outro.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Sujeito simples = o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples. ( O menino trabalha na fábrica; Nós gostamos de crianças.).
Sujeito composto antes do verbo = escrito antes do verbo, o sujeito composto admite o verbo no plural. (O pai e o filho levantavam cedo.).
Sujeito composto depois do verbo = escrito depois do verbo, o sujeito composto admite o verbo no plural ou em concordância com o sujeito mais próximo. (Levantavam ou levantava cedo o pai e o filho).
Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes = sendo o sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes, o verbo concordará no plural e na pessoa gramatical que prevalecer sobre as outras. A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª. (Eu, tu e ela dizemos a lição. Tu e ela fizestes a lição).
Casos especiais de concordância verbal:
Sujeitos ligados por "ou" = o verbo concorda com o sujeito mais próximo se houver idéia de retificação. Neste caso, comumente os núcleos vêm isolados por uma vírgula e são de números diferentes - O menino, ou os meninos mataram as galinhas. Os meninos, ou o menino matou as galinhas. O verbo concorda no plural se houver participação de todos os sujeitos no processo verbal - Saia daí que uma faísca ou um estilhaço poderão atingi-lo em cheio. O verbo concordará no singular se houver idéia de exclusão de um dos sujeitos do processo verbal - O Brasil ou a Holanda ganhará o próximo campeonato mundial de futebol.
Sujeitos resumidos por "tudo", "nada", "ninguém" = o verbo concordará no singular quando, numa relação de sujeitos, após o último vier escrita uma das formas pronominais acima citadas - Pobres, ricos, sábios, ignorantes, ninguém está satisfeito.
Sujeito coletivo = o verbo concordará no singular com o sujeito coletivo escrito no singular também - O rebanho comeu toda a ração.
Sujeito representado por pronome de tratamento = o verbo concordará na 3ª pessoa sendo o sujeito um pronome de tratamento - Vossa Senhoria deseja informação?
Sujeito representado por nome próprio com forma de plural = verbo no plural, se o nome próprio admitir artigo no plural - Os Estados Unidos defendem os direitos humanos. Verbo no singular, se o nome próprio admitir artigo no singular - O Amazonas é muito grande. Verbo no singular se o nome próprio não admitir anteposição de artigo - Campinas fica perto de Jundiaí.
Concordância do verbo ser = apresentando uma sintaxe irregular de concordância, o verbo ser pode deixar de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo nos seguintes casos:
Sendo o sujeito um dos pronomes tudo, o, isto, isso, aquilo, e o predicativo uma palavra no plural = Tudo eram recordações. Isto são alegrias.
Sendo o sujeito um substantivo inanimado no singular e o predicativo uma palavra no plural = O mundo são ilusões. A roupa eram uns trapos. Nota = sendo o sujeito um nome de pessoa ou um pronome pessoal, a concordância será normal. Por exemplo: O filho(ele) era as alegrias do casal.
Sendo o sujeito uma palavra de sentido coletivo = A maioria eram crianças órfãs.
Sendo o predicativo uma forma de pronome pessoal = O herdeiro sois vós.
Na indicação de horas, datas, distância, sendo o verbo ser impessoal = São duas horas. Eram oito de maio. Nota = nestes casos, o verbo ser concorda com a expressão numérica.
Concordância dos verbos dar, bater e soar = os três verbos concordam normalmente com o sujeito em relação às horas. Neste caso, o sujeito é representado pela palavra horas, badaladas ou relógio. Por exemplo: Deu quatro horas o relógio da igreja. Deram cinco horas. Soaram seis horas no relógio da praça.
Concordância do verbo parecer = na seqüência em que há o verbo parecer + infinitivo de outro verbo, apenas um deles é que ficará no plural, não os dois. Por exemplo: Os astros parecem caminhar no firmamento. Os astros parece caminharem no firmamento.
SINTAXE DE REGÊNCIA
Regência Verbal e Nominal
Definição:
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
REGÊNCIA VERBAL
TERMO REGENTE – VERBO
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam(objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe:
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".
Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.
Regência Nominal
A regência verbal ou nominal determina se os seus complementos são acompanhados por preposição.
Os nomes pedem complemento nominal; e os verbos, objetos diretos ou indiretos.
Exemplo:
- Ela tem necessidade de roupa.
Quem tem necessidade, tem necessidade “de” alguma coisa.
De roupa: complemento nominal.
- Fiz uma referência a um escritor famoso.
Quem faz referência faz referência “a” alguma coisa.
A um escritor famoso: complemento nominal
Na verdade, não existem regras. Cada palavra exige um complemento e rege uma preposição.
Muitas regências nós aprendemos de tanto escutá-las, porém não significa que todas estejam corretas.
“Prefiro mais cinema do que  teatro.”
Escutamos esta frase quase todos os dias.
Preferir mais, não existe, pois ninguém prefere menos. É, portanto, uma redundância.
Quem prefere prefere alguma coisa “a” outra. A frase ficaria correta desta forma: “Prefiro cinema a teatro”.
O verbo preferir é transitivo direto e indireto e o objeto indireto deve vir com a preposição. “a”.
“Prefiro isso do que aquilo.”
Do que é uma regência popular e deve ser evitada em provas, redações e concursos.
“Prefiro ir à praia a estudar.” (Preferir a + a praia: a + a: à – veja Crase).


Acessível a
Acostumado a ou com
Alheio a
Alusão a
Ansioso por
Atenção a ou para
Atento a ou em
Benéfico a
Compatível com
Cuidadoso com
Desacostumado a ou com
Desatento a
Desfavorável a
Desrespeito a
Estranho a
Favorável a
Fiel a
Grato a
Hábil em
Habituado a
Inacessível a
Indeciso em
Invasão de
Junto a ou de
Leal a
Maior de
Morador em
Natural de
Necessário a
Necessidade de
Nocivo a
Ódio a ou contra
Odioso a ou para
Posterior a

Preferência a ou por
Preferível a
Prejudicial a
Próprio de ou para
Próximo a ou de
Querido de ou por
Residente em
Respeito a ou por
Sensível a
Simpatia por
Simpático a
Útil a ou para
Versado em


O uso da crase
A crase indica a fusão da preposição a com artigo a: João voltou à (a preposição + a artigo) cidade natal. / Os documentos foram apresentados às (a prep. + as art.) autoridades. Dessa forma, não existe crase antes de palavra masculina: Vou a pé. / Andou a cavalo. Existe uma única exceção, explicada mais adiante.
Regras práticas
Primeira - Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um termo masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou aos, existe crase; do contrário, não. Nos exemplos já citados: João voltou ao país natal. / Os documentos foram apresentados aos juízes. Outros exemplos: Atentas às modificações, as moças... (Atentos aos processos, os moços...) / Junto à parede (junto ao muro).
No caso de nome geográfico ou de lugar, substitua o a ou as por para. Se o certo for para a, use a crase: Foi à França (foi para a França). / Irão à Colômbia (irão para a Colômbia). / Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase). Pode-se igualmente usar a forma voltar de: se o de se transformar em da, há crase, inexistente se o de não se alterar: Retornou à Argentina (voltou da Argentina). / Foi a Roma (voltou de Roma).
Segunda - A combinação de outras preposições com a (para a, na, da, pela e com a, principalmente) indica se o a ou as deve levar crase. Não é necessário que a frase alternativa tenha o mesmo sentido da original nem que a regência seja correta. Exemplos: Emprestou o livro à amiga (para a amiga). / Chegou à Espanha (da Espanha). / As visitas virão às 6 horas (pelas 6 horas). / Estava às portas da morte (nas portas). / À saída (na saída). / À falta de (na falta de, com a falta de).
Usa-se a crase ainda
1 - Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (e derivados): Cheguei àquele (a + aquele) lugar. / Vou àquelas cidades. / Referiu-se àqueles livros. / Não deu importância àquilo.
2 - Nas indicações de horas, desde que determinadas: Chegou às 8 horas, às 10 horas, à 1 hora. Zero e meia incluem-se na regra: O aumento entra em vigor à zero hora. / Veio à meia-noite em ponto. A indeterminação afasta a crase: Irá a uma hora qualquer.
3 - Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas como às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de: Saiu às pressas. / Vive à custa do pai. / Estava à espera do irmão. / Sua tristeza aumentava à medida que os amigos partiam. / Serviu o filé à moda da casa.
4 - Nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição lingüística o exija, como à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à mão, à navalha, à espada, à baioneta calada, à queima-roupa, à fome (matar à fome): Morto à bala, à faca, à navalha. / Escrito à tinta, à mão, à máquina. / Pagamento à vista. / Produto à venda. / Andava à toa. Observação: Neste caso não se pode usar a regra prática de substituir a por ao.
5 - Antes dos relativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser substituídos por ao ou aos: Eis a moça à qual você se referiu (equivalente: eis o rapaz ao qual você se referiu). / Fez alusão às pesquisas às quais nos dedicamos (fez alusão aos trabalhos aos quais...). / É uma situação semelhante à que enfrentamos ontem (é um problema semelhante ao que...).
Não se usa a crase antes de
1 - Palavra masculina: andar a pé, pagamento a prazo, caminhadas a esmo, cheirar a suor, viajar a cavalo, vestir-se a caráter. Exceção. Existe a crase quando se pode subentender uma palavra feminina, especialmente moda e maneira, ou qualquer outra que determine um nome de empresa ou coisa: Salto à Luís XV (à moda de Luís XV). / Estilo à Machado de Assis (à maneira de). / Referiu-se à Apollo (à nave Apollo). / Dirigiu-se à (fragata) Gustavo Barroso. / Vou à (editora) Melhoramentos. / Fez alusão à (revista) Projeto.
2 - Nome de cidade: Chegou a Brasília. / Irão a Roma este ano. Exceção. Há crase quando se atribui uma qualidade à cidade: Iremos à Roma dos Césares. / Referiu-se à bela Lisboa, à Brasília das mordomias, à Londres do século 19.
3 - Verbo: Passou a ver. / Começou a fazer. / Pôs-se a falar.
4 - Substantivos repetidos: Cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a ponta.
5 - Ela, esta e essa: Pediram a ela que saísse. / Cheguei a esta conclusão. / Dedicou o livro a essa moça.
6 - Outros pronomes que não admitem artigo, como ninguém, alguém, toda, cada, tudo, você, alguma, qual, etc.
7 - Formas de tratamento: Escreverei a Vossa Excelência. / Recomendamos a Vossa Senhoria... / Pediram a Vossa Majestade...
8 - Uma: Foi a uma festa. Exceções. Na locução à uma (ao mesmo tempo) e no caso em que uma designa hora (Sairá à uma hora).
9 - Palavra feminina tomada em sentido genérico: Não damos ouvidos a reclamações. / Em respeito a morte em família, faltou ao serviço. Repare: Em respeito a falecimento, e não ao falecimento. / Não me refiro a mulheres, mas a meninas.
Alguns casos são fáceis de identificar: se couber o indefinido uma antes da palavra feminina, não existirá crase. Assim: A pena pode ir de (uma) advertência a (uma) multa. / Igreja reage a (uma) ofensa de candidato em Guarulhos. / As reportagens não estão necessariamente ligadas a (uma) agenda. / Fraude leva a (uma) sonegação recorde. / Empresa atribui goteira a (uma) falha no sistema de refrigeração. / Partido se rende a (uma) política de alianças.
Havendo determinação, porém, a crase é indispensável: Morte de bebês leva à punição (ao castigo) de médico. / Superintendente admite ter cedido à pressão (ao desejo) dos superiores.
10 - Substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo: Pegaram-se a dentadas. / Agrediram-se a bofetadas. / Progrediram a duras penas.
11 - Nomes de mulheres célebres: Ele a comparou a Ana Néri. / Preferia Ingrid Bergman a Greta Garbo.
12 - Dona e madame: Deu o dinheiro a dona Maria . / Já se acostumou a madame Angélica. Exceção. Há crase se o dona ou o madame estiverem particularizados: Referia-se à Dona Flor dos dois maridos.
13 - Numerais considerados de forma indeterminada: O número de mortos chegou a dez. / Nasceu a 8 de janeiro. / Fez uma visita a cinco empresas.
14 - Distância, desde que não determinada: A polícia ficou a distância. / O navio estava a distância. Quando se define a distância, existe crase: O navio estava à distância de 500 metros do cais. / A polícia ficou à distância de seis metros dos manifestantes.
15 - Terra, quando a palavra significa terra firme: O navio estava chegando a terra. / O marinheiro foi a terra. (Não há artigo com outras preposições: Viajou por terrra. / Esteve em terra.) Nos demais significados da palavra, usa-se a crase: Voltou à terra natal. / Os astronautas regressaram à Terra.
16 - Casa, considerada como o lugar onde se mora: Voltou a casa. / Chegou cedo a casa. (Veio de casa, voltou para casa, sem artigo.) Se a palavra estiver determinada, existe crase: Voltou à casa dos pais. / Iremos à Casa da Moeda. / Fez uma visita à Casa Branca.
Uso facultativo
1 - Antes do possessivo: Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia. / Não fez menção a nossa empresa (ou à nossa empresa). Na maior parte dos casos, a crase dá clareza a este tipo de oração.
2 - Antes de nomes de mulheres: Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não.
3 - Com até: Foi até a porta (ou até à). / Até a volta (ou até à). No Estado, porém, escreva até a, sem crase.
Colocação pronominal
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando desempenha função de complemento. Vamos entender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Observe as orações:

1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se deviaajudá-lo.

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo função de complemento, e consequentemente é do caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do pronome oblíquo "lhe" é justificado antes do verbo intransitivo "ajudar" porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso "ajudar ") estiver no infinitivo ou gerúndio. 
Exemplo: Eu desejo lhe perguntar algo. 
                             Eu estou perguntando-lhe algo.

Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente dos segundos que são sempre precedidos de preposição.

Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava fazendo.
Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo.

Colocação pronominal 

De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.

São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.

O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo

Próclise 

A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:

• Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama.
Não se trata de nenhuma novidade.

• Advérbios:
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio.

• Pronomes relativos:
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.

• Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.

• Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!

• Preposição seguida de gerúndio:
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa escolar.

• Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

Ênclise

A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando:
• O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Amem-se uns aos outros.
Sigam-me e não terão derrotas.

• O verbo iniciar a oração:
Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio.

• O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição "a":

Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.

• O verbo estiver no gerúndio:
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face.

• Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

Mesóclise 

A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito:

A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã.
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável.



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